quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Autoridades de saúde alertam para avanço de dois tipos de dengue

A previsão para o próximo verão é que o número de pessoas infectadas aumente, por causa da volta do vírus do tipo 1 e o aparecimento do tipo 4. O Brasil ainda não conseguiu superar a repetição dos casos de dengue. Autoridades de saúde dizem que dois tipos diferentes do vírus da dengue podem provocar uma nova epidemia no país, no verão, especialmente no Rio de Janeiro, e alertam que sem o apoio da população, os esforços não serão suficientes.
Já são pelo menos 25 anos lutando contra o mosquito transmissor da dengue, e a doença não dá trégua. A previsão para o próximo verão é que o número de pessoas infectadas aumente, por causa da volta do vírus do tipo 1 e o aparecimento do tipo 4. "Toda vez que a gente tem um aumento de casos em um ano, no segundo ano é muito maior”, explica o sanitarista Daniel Soranz. Por mais que as equipes de saúde estejam reforçadas nas ruas, ainda há trabalho a ser feito com os moradores. Os agentes ensinam a identificar possíveis focos: a água da chuva que se acumulou na lona, e as larvas apareceram. A Fundação Osvaldo Cruz criou a campanha "Dez minutos contra a dengue", inspirada em uma estratégia adotada por Cingapura, e que ajudou o país asiático na luta contra a epidemia da doença. Os moradores são incentivados a inspecionar suas casas pelo menos dez minutos uma vez por semana, para evitar a criação de focos do mosquito: “Dez minutos é o suficiente para a gente inspecionar, ver se tem água acumulada e remover aquela água ou tratá-la de forma que as larvas não possam se desenvolver, como jogar sal grosso ou água sanitária”, explica o entomologista Ademir Filho. Um dos principais objetivos da campanha é alertar sobre lugares que são pouco cuidados pelos moradores, como as calhas de telhado. É que os ovos botados nestes locais podem resistir até um ano à espera de água. Outros lugares também precisam de inspeção constante, além dos vasos de plantas e garrafas: caixas d’água; ar-condicionado; planta com água armazenada nas folhas; vaso sanitário com tampo aberto e lixo. "Em todo momento, em todo lugar, ficar atento para essas coisas. No trabalho, em casa, na escola e na vizinhança também”, conta a moradora Maria Teresa Taibba. O Ministério da Saúde divulgou medidas para enfrentar o avanço da dengue: R$ 90 milhões extras serão destinados para quase mil municípios identificados como locais de maior risco da doença. Mas os municípios vão ter que detalhar os programas de combate à dengue. O ministério também vai treinar 66 mil médicos e enfermeiros em cursos relâmpago de 15 minutos de duração para detectar a doença com rapidez. E vai pedir à sociedade que informe nas redes sociais da internet sobre casos de dengue.

Fonte: gazeta.web.com 11/10/2011

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