segunda-feira, 5 de março de 2012

Especialistas da saúde orientam sobre os cuidados com a dengue

Diagnóstico definitivo da doença é feito através de exames específicos
Médica infectologista Adriana Ávila dando dicas
  Médica infectologista Adriana Ávila dando dicas

A dengue, cada vez mais, vem se constituindo em um dos principais problemas de saúde pública.

Para o controle da doença em Alagoas, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e em parceria com os municípios, intensifica as ações para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue e fortalece a assistência ao paciente.

“É fundamental que os prefeitos e secretários municipais  de saúde estejam sempre em alerta e viabilizem as ações educativas, porque o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está presente na maioria das residências e nos quintais. Se os mosquitos existem é porque há condições para que se criem e se proliferem”, ressalta a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira.

A diretora explica que, depois que uma pessoa é picada por um mosquito infectado, existe um período de incubação. Após esse tempo, surge a febre, dor muscular e na articulação, e os demais sintomas nem sempre são os mesmos para todos os pacientes.

“Quando os principais sintomas da dengue forem apresentados, é importante que se procure imediatamente um serviço de saúde próximo a sua residência para uma avaliação médica.  E depois seguir as recomendações médicas para que a doença possa ser controlada e não evolua para uma situação mais grave e leve à morte”, alerta Cleide Moreira.

De acordo com diretora da Sesau, a Secretaria tem desenvolvido capacitações para os municípios, principalmente para os profissionais que atuam nas áreas de Vigilância Epidemiológica, principalmente na Atenção Básica – porta de entrada para o paciente. Cleide Moreira cita ainda a importância das notificações dos casos suspeitos realizadas pelos municípios, que são inseridos no Sistema de Notificação de responsabilidade das três esferas de governo: municipal, estadual e federal.

“O Estado, junto com os municípios, também vem acompanhando diariamente os casos suspeitos por meio de uma planilha paralela para adotar medidas oportunas de controle da doença, a exemplo da investigação imediata, as ações de combate ao vetor, a mobilização da população, o mutirão de limpeza, a drenagem de córregos e o envolvimento de diversas secretarias municipais para maior efetivação das atividades de combate à dengue”, informou Cleide Moreira.

De acordo com a médica infectologista Adriana Ávila, se houver febre a menos de sete dias, dores musculares ou articulares, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, deve-se atentar e procurar o atendimento médico, porque os sintomas podem indicar que a pessoa esteja com dengue e o diagnóstico precoce é fundamental para um acompanhamento adequado da doença, observando a possível evolução com consequências graves.

Segundo a médica, a principal recomendação é hidratação e a medicação adequada para combater a dor e a febre é o paracetamol ou a dipirona. Já o uso de medicamento à base de ácido acetil salicílico (AAS) é contraindicado.

“A dengue pode evoluir para formas graves e complicadas, como a dengue hemorrágica. Devemos ficar atentos à possibilidade de uma má evolução quando apresentar alguns sintomas, os chamados sinais de alarme: hemorragias, dores abdominais contínuas, vômitos repetidos e tonturas”, orienta a médica.

O diagnóstico definitivo da dengue é feito através de exames específicos como  o isolamento viral, que pode ser colhido já nos primeiros dias de doença. Mas, por ser um exame sofisticado, tem resultado demorado. Já a sorologia pode ser colhida através do teste rápido, porém sua sensibilidade é maior a partir do 9º dia da doença. Por esta razão, não se deve esperar confirmação do diagnóstico para iniciar o tratamento.


Fonte: Tribuna Hoje









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