quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Secretário decreta emergência na compra de medicamentos

João Marcelo Lyra garante desenvolver ações, como a reabertura da Paulo Neto e aumento de 26 leitos no Hospital do Açúcar 



O secretário municipal de Saúde, João Marcelo Lyra, decretou emergência por três meses na compra de medicamentos essenciais. Segundo ele, há quadro caótico instalado nas unidades do Município. Além disso, Lyra informou, em entrevista concedida à Rádio Gazetaweb na manhã desta quarta-feira (23), que ações emergenciais serão feitas dentro de 45 dias. Entre elas, estão a reabertura da Maternidade Paulo Neto e o aumento de 26 leitos para parturientes a serem disponibilizados no Hospital do Açúcar.

De acordo com o secretário, Maceió ainda não convive com a falta de medicamentos, mas encontra-se na iminência, tendo em vista o apelo da população e o desespero frente à imprensa. Por sua vez, a secretaria conseguiu apoio junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), cujo empréstimo dará condições para a compra emergencial dos remédios. “Ao todo, oitenta itens iriam faltar nos postos e precisávamos fazer algo; portanto, decretamos – por três meses – a emergência para a aquisição dos materiais essenciais”, explicou Marcelo.

Há mais de oito anos, Maceió enfrenta inúmeros entraves na área da Saúde; porém, o secretário garantiu que dentro de 45 dias os problemas que necessitam de maior atenção serão sanados por intermédio de ações emergenciais. A primeira delas é a instauração de uma auditoria permanente e contínua nos dias de quinta, sexta, sábado e domingo, para fiscalizar os trabalhos nas unidades. Paralelo a isso, o Município organizará suas finanças.

“Antes, os recursos destinados a determinada área eram desviados para outra, a exemplo da dengue. E outro ponto a avançarmos é a formação de uma comissão técnica para acompanhar o Cora [Complexo de Regulação de Serviços de Saúde], com a maternidade informando em tempo real a saída do paciente”, detalhou João Marcelo.

Superlotação

A superlotação na Maternidade Escola Santa Mônica, que culminou em um parto na recepção da unidade, foi outro ponto elencado pelo gestor. Na oportunidade, ele citou que a reabertura da Paulo Neto, com 40 leitos, e o aumento de 26 no Hospital Usineiros, devem amenizar o sofrimento de gestantes e desafogar a unidade de saúde situada no Poço. O secretário pondera, entretanto, que a Paulo Neto não pode ser aberta se não há critérios.

“Por esta razão, equipes da Vigilância Sanitária e do departamento de Infraestrutura da Secretaria irão a Paulo Neto, amanhã, às oito horas, para avaliar o prédio e fazer pequenos ajustes, mas, por enquanto sem prazo para reabrir a unidade”, informou Lyra ao sinalizar, também, para a construção do Hospital Geral de Maceió, cujo recurso de 100 milhões está em caixa; porém, deve-se pensar na manutenção.

Quanto às Unidades de Pronto Atendimento, Maceió dará início à construção de uma na Cabo Reis e outra no complexo Benedito Bentes, por meio de um convênio entre o governo federal (50%), Estado (25%) e Município (25%).

PAM Salgadinho

Já com relação ao PAM Salgadinho, principal posto de saúde da capital, o gestor afirmou que reformas serão feitas em caráter emergencial, dentro de dois meses. Ele informou ainda que a rede elétrica do local já foi toda reformada. “A partir de agora, não mais haverá apagões dentro do PAM Salgadinho”, garantiu o secretário.

Equipe mínima nas maternidades

No Diário Oficial do Município de hoje, o secretário publicou portaria em que faz alguns ajustes no atendimento e na regulamentação dos leitos nas maternidades públicas de Maceió. De acordo com a publicação, as unidades de saúde que atendem gestantes na capital deverão manter equipe mínima durante 24 horas, inclusive aos finais de semana e feriados.

As gestantes também deverão, já durante o pré-natal, saber qual maternidade será levada para a paciente dar à luz. E, durante os finais de semana e feriados, equipe de auditores do Sistema Único de Saúde (SUS) do município farão visita nas maternidades, para conferir quais as disponibilidades de leitos e se a equipe mínima está trabalhando corretamente, com um obstetra, anestesista e um pediatra.

“As maternidades que compõem o Sistema Único de Saúde de Maceió deverão informar à Central de Leitos do Complexo Regulador Assistencial a ocupação dos leitos em tempo real, diuturnamente”, informa o secretário, na portaria. E continua que se as unidades não cumprirem com as regras sofrerão sanções e penalidades previstas na regulamentação do SUS. 
 
Fonte: Gazeta Web

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