segunda-feira, 29 de abril de 2013

Doenças cardiovasculares são 26% dos óbitos em Alagoas

Em Alagoas, taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares aumenta a cada ano, ao passo que no Brasil diminui.


Cardiologista José Wanderley credita aumento de óbitos à falta de educação alimentar

O número de óbitos por doenças cardiovasculares aumentou na região Nordeste. A falta de informação somada ao atraso no aumento da longevidade do nordestino são os principais fatores que contribuem para este fato. Em Alagoas, segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade padronizada por doenças cardiovasculares aumenta a cada ano, ao passo que o índice do Brasil diminui.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o índice de óbitos por doenças cardiovasculares subiu de 120 pessoas a cada cem mil habitantes, em 1999, para 160 a cada cem mil habitantes, em 2009. Alagoas seguiu, de acordo com o Ministério, o caminho inverso ao do país. No Brasil, em 1999, para cada cem mil habitantes, 160 morreram de doenças cardiovasculares. Em 2009, esse número diminuiu para 140.

De acordo com a Superintendente de Vigilância e Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Sandra Canuto, as doenças infectocontagiosas deixaram de ser as principais causas de mortes naturais e deram vez às doenças crônicas. Segundo Canuto, 26% do total de óbitos registrados em Alagoas no ano passado foram ocasionados por doenças cardiovasculares, principais causas de morte no Brasil e em Alagoas.

“O perfil é mundial e realmente mudou. Hoje as doenças crônicas, incluindo as cardiovasculares, são a principal causa de morte no país”, disse.

Para o médico cardiologista José Wanderley, a falta de educação alimentar e de hábitos saudáveis no dia-a-dia favorecem o aumento no número de mortes causadas por problemas do coração.

Wanderley acredita que a incidência de doenças cardiovasculares no Nordeste aumentou devido à falta de informação. Dessa forma, o envelhecimento da população, que representaria um ponto positivo para o estado, torna-se nulo porque essas pessoas não mantêm um padrão de vida saudável e morrem em pouco tempo.

“As pessoas no Nordeste hoje vivem mais, mas vão adoecer mais porque não têm informação. Aqui as pessoas não têm a consciência de que têm que se afastar dos fatores de risco. Vão ficando mais velhas, mas não percebem os cuidados que devem ter desde a juventude”, alertou o médico.

Fonte: Tribuna Hoje

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