quinta-feira, 24 de abril de 2014

Frente Nacional realiza primeira reunião e discute mobilização em Brasília




Da esq. p/ dir.: Lindolfo Neto, José Roberto Prebill, Jorge Venâncio e Dr. Gabriel Santoro (Crédito: Erick Vizoki)

Às vésperas de completar 1 ano (19/04), a Fenaac realizou, na manhã do dia 15 de abril (terça-feira), a primeira reunião com a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) com o intuito de articular ida à Brasília para tentar angariar apoio de senadores e deputados federais na criação de uma Frente Parlamentar Mista. A iniciativa é uma das estratégias da Frente Nacional em Prol do Piso Nacional dos ACS e ACE, criada no ano passado pelo presidente da Fenaac e do Sindicomunitário-SP, José Roberto Prebill, após parlamentares que compõem a base de apoio da presidente Dilma Rousseff conseguir barrar, por três vezes em apenas dois meses (outubro e novembro), a votação da PL 7.495/06, que estabelece um piso salarial nacional para a categoria.

Estiveram presentes Lindolfo Luiz dos Santos Neto (secretário nacional de Finanças) e Jorge Venâncio (secretário nacional da Saúde do Trabalhador), ambos da CGTB, além de diretores da Fenaac e do Sindicomunitário-SP e o assessor jurídico das duas entidades, Dr. Gabriel Santoro. O encontro foi coordenado por Roberto Prebill.




Roberto Prebill faz a abertura do encontro e apresenta as propostas para diretores da Fenaac e Sindicomunitário-SP e para os representantes da CGTB (Crédito: Erick Vizoki)


Dívida interna

Também discutiu-se outras estratégias, como conseguir apoio de prefeituras de todo o País para pressionar a votação do PL 99/2013, que trata da renegociação da dívida dos estados e municípios brasileiros. Segundo os representantes da CGTB, a dívida da União com estados e municípios é o principal fator para a falta de investimento em direitos sociais dos cidadãos brasileiros, entre eles a área da Saúde.

“A Saúde está muito ruim no momento atual e a tendência é piorar bastante este ano. Essa é a realidade bem concreta, não estou querendo pintar nada de cor-de-rosa aqui para vocês”, disse Jorge Venâncio. “Eles (governo) estão tirando dinheiro da Saúde para pagar o tal do superávit primário, que é exatamente isso: é a cota que os bancos cobram do governo”, explicou.

“Os juros no Brasil estão cerca de 5 ou 6% acima da inflação. Ou seja, está se deslocando dinheiro para quem já tem e apertando em relação ao povo”, concluiu o secretário da CGTB.

“A opção pela política econômica do governo é uma opção para facilitar a atividade do sistema financeiro (bancos)”, levantou Neto.

O secretário de Finanças citou números divulgados pelo movimento Auditaria Cidadã da Dívida, que informa que do Orçamento Geral da União, de 2012, em mais de R$ 1,7 trilhão, 43,98% foram destinados a pagar juros e amortizações da dívida. Para a saúde, foram destinados apenas 4,17%. Segurança pública ficou com 0,39%, educação com 3,34% e habitação com 0,01%. A segunda maior fatia ficou com a Previdência Social, para qual foram 22,47%.




Gráfico divulgado pelo movimento Auditoria Cidadã da Dívida: de um orçamento de R$ 1,7 trilhão, 43,98% vão para os bancos e 4,17% para a Saúde.

“Agora iremos elaborar um documento e enviar para os sindicatos filiados à Fenaac e simpatizantes para que também mandem sugestões dentro de um prazo determinado”, informou o presidente Roberto Prebill.

Ao final do encontro ficou decidido que haverá uma nova reunião, com uma comissão menor, e será elaborado um novo documento baseado nas colaborações das outras entidades.

Os representantes da CGTB se comprometeram a contatar outras centrais sindicais, que já haviam manifestado seu apoio, para que colaborem com recursos que garantam a viagem de outras lideranças e representantes de ACS e ACE de todo o Brasil à Brasília e dar continuidade à mobilização junto aos parlamentares do Congresso Nacional e outras autoridades.

A data da viagem ainda não foi definida, mas deverá acontecer no mês de maio.

Assista trechos da Reunião:

https://www.youtube.com/watch?v=Qy0k1yBDl1A

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