quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sindas-AL contra composição da Mesa e política de subsídios

Os servidores do Município de Maceió estão vivendo um momento histórico com relação ao pagamento dos retroativos. Mais de 6 mil trabalhadores estão aguardando que a Justiça libere o pagamento das suas vantagens devidas há mais de 12 anos, desde a gestão da ex-prefeita Kátia Born.

No entanto, o que atrapalha a negociação é o jogo político criado por um grupo de sindicatos pelegos que em conjunto com a administração pública formaram uma mesa de negociação para calcular e decidir entre eles quem deve receber o pagamento primeiro, atitude condenada pelo Ministério Público. Uma vez que a gestão desse orçamento deve ser exclusiva do Município para não haver favorecimento das partes envolvidas.

O Sindas-AL manifesta o seu posicionamento contra essa prática que tende a colocar os interesses pessoais a frente dos interesses coletivos.

Outro aspecto intrigante é a estratégia de governo do PSDB que visa implantar a política salarial de subsídios em detrimento do Plano de Cargos e Carreiras do Município de Maceió conquistado a duras lutas pelos trabalhadores.

Vale lembrar que os Agentes de Saúde foram os primeiros na Saúde a terem o seu próprio PCC. Saiba o porquê de não apoiar a política salarial de subsídios.

Por que não apoiar a política de subsídios?

Subsídio é uma forma de retribuição pecuniária prevista na Constituição. Ela é obrigatória para os membros do Poder detentores de mandatos eletivos, como Ministros, e facultada para os demais servidores públicos. O subsídio limita o teto remuneratório e só pode ser criado através de lei específica.

Mas ela não é vantajosa, pois ela impede o gestor de criar gratificações e incorporá-las ao salário, a exemplo do 13º salário. Com isso, são extintas várias vantagens salariais como as diárias e os adicionais de qualificação, noturno e por serviços perigosos ou insalubres.

Se o servidor tiver algum adicional de subsídio complementar, independentemente dos reajustes concedidos, o mesmo não poderá receber de imediato da administração e terá sua remuneração congelada até que o valor do subsídio correspondente ao seu nível supere o valor total que ele já recebe.

Vantagens do PCC

O Sindas-AL vê muitas vantagens com relação ao Plano de Cargos e Carreiras dos Funcionários Públicos do Município de Maceió. Porque ele torna transparente para o trabalhador as regras de ascensão e política salarial da administração.

A implantação do PCC ou PCS (Plano de Cargos e Salários) demonstra que, além dos objetivos e visões claras da atual gestão, a valorização do trabalhador também depende do interesse individual de cada trabalhador como a responsabilidade com horários, experiência e a proatividade.

Outras vantagens são a definição de política salarial e modelos estratégicos de remuneração baseados em competências, manter o equilíbrio interno da administração pública por meio de lista de cargos, responsabilidades e resultados esperados, permite implantar novas práticas de administração para otimizar a administração do órgão competente e até proporcionar o desenvolvimento profissional dos trabalhadores.

Por isso, o Sindas enxerga como a melhor opção a manutenção do PCC de Maceió. Pois a estratégia beneficia tanto aqueles trabalhadores ACE e ACS que estão no começo de suas carreiras construindo o salário quanto os que estão no meio da carreira.

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